Longen manifesta preocupação com impactos na indústria de MP que muda setor elétrico 5r2b5c

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Presidente da Fiems, Sérgio Longen, critica impacto da MP 1.300/2025 sobre a indústria e a sociedade 2e161f

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, expressou preocupação com os efeitos da Medida Provisória (MP) 1.300/2025, publicada pelo Governo Federal, que estabelece a isenção total da conta de luz para famílias de baixa renda com consumo de até 80 quilowatts-hora (kWh) mensais.

Longen alerta que a medida aumentará consideravelmente os gastos públicos e transferirá custos expressivos para a sociedade e o setor produtivo. “Essa estratégia nos preocupa. Já estamos enfrentando um impacto de R$ 6,3 bilhões, e, ao analisar a situação a longo prazo, podemos chegar perto de R$ 10 bilhões com mais essa ação social, sem contar os 60 milhões de brasileiros que já recebem benefícios como bolsas e outros programas acumulados ao longo do tempo”, afirmou.

Para o presidente da Fiems, o maior problema está no aumento da carga sobre o setor industrial. A MP inclui os consumidores livres na base de financiamento da Tarifa Social, por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), além de extinguir descontos nas tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e distribuição. Isso afetará diretamente as grandes indústrias e aqueles que investiram em fontes renováveis de energia, como energia solar e eólica.

“A indústria, mais uma vez, será prejudicada. A ideia de que as empresas poderiam migrar para o mercado livre para reduzir custos não é real. Quem investiu em energia limpa também será penalizado com novas taxas e tarifas”, destacou Longen.

Ele também reforçou sua preocupação com a sobrecarga imposta à sociedade: “Estamos em um momento em que há escassez de profissionais qualificados e de mão de obra. Em vez de estimular a produção e a geração de empregos, o governo continua ampliando benefícios para o mesmo público que já é atendido por diversos programas sociais”, afirmou.

Além disso, Longen criticou a estratégia do Governo Federal ao editar a medida provisória. “É uma tentativa de transferir para o Congresso Nacional uma decisão com validade imediata, o que nos parece mais uma antecipação para o quadro político de 2026, ou seja, uma medida eleitoreira”, concluiu.